O mundo moderno preconiza que o
gostoso é fazer sexo, viver o momento. O prazer pelo prazer! Muitas pessoas realizam-se com essa prática e
conseguem separar sentimento de ato. O sexo é o complemento de algo que deve
existir antes de ser consumado...
Uma simpatia, uma atração, um
desejo... e cremos que o sentimento de ternura deverá estar presente não
importando se é só para uma vez e adeus.
As pessoas que fazem de sua
vida uma grande diversão ( sexo por sexo
) e nada além disso, são fortes, muito mesmo. Separar envolvimento de algo que
na verdade dá prazer deve ser um exercício psicológico e físico.
Digo físico pois o corpo pode gostar do contato com determinada pessoa e
psicológico por ter que anular qualquer lembrança do momento do êxtase. Algo, no entanto é questionável... Será que são
felizes? Será que uma vida de prazeres somente poderá preencher o que nós tanto
gostamos?
Fazer amor parece-me um pouco
diferente. É algo onde sentimentos e carinhos, demonstrações e cumplicidade
fazem a receita dar certo e durar um bom tempo. O fazer amor envolve mais que a
atração física, envolve o admirar a outra
pessoa, ver mais do que o sexo nela. Ter a pessoa por inteiro corpo e
alma e aí o sexo vai acontecer de forma muito mais intensa e prazerosa. A
vontade de repetir muitas vezes essa combinação será algo presente. Isso não
caracteriza que deva haver compromisso sério, tipo casamento ou uma vida onde
um esteja amarrado ao outro. Mas, temos a nítida sensação que as almas estarão
unidas mesmo que distantes fisicamente. A plenitude de um ser humano é complexa
, posso afirmar que os que separam sentimento do ato de amar, na verdade estão
incompletos. Bem no íntimo uma hora ou outra hão de sentir falta de carinho
sincero, companhia agradável , atenção e
isso tudo satisfaz o SER HUMANO. Ninguém pode afirmar que é feliz sozinho. Uma
hora ou outra essa solidão vai causar algum tipo de reação e de repente pode
ser a de usar outras pessoas fisicamente
que também sentem a mesma necessidade para os prazeres momentâneos. Ao
terminarem virá aquela pergunta? Será que estou feliz assim?
Denise Vieira Doro